O que é e por que prestar atenção nas Agritechs
Ao contrário de grande parte dos setores brasileiros, o agronegócio continua em alta mesmo com a crise econômica que assola o Brasil desde meados de 2019. Responsável por ¼ do PIB brasileiro, o agro é uma das áreas que mais cresce por ano.
Não é segredo para ninguém, que as startups também estão decolando em solo brasileiro. Por esses motivos, não demorou muito para que essas duas moedas se unissem: as startups direcionadas para as inovações do agronegócio, focadas em melhorar os processos e otimizar os trabalhos de campo. A essas empresas, foi dado o nome de Agritechs.
O que é Agritech?
As Agritechs são startups focadas em tecnologias para o agronegócio, pensadas e arquitetadas em melhorar todos os processos que forem possíveis. Há toda uma movimentação para usar a tecnologia e inovação tecnológica para aprimorar a eficiência e os resultados na agricultura.
Basicamente, as Agritechs estão preocupadas em aplicar a tecnologia para melhorar todos os elementos de processos de agricultura e cultivo. Há uma tentativa de produzir mais comida em menos espaço, além de otimizar o tempo de trabalho e levar toda a inovação tecnológica para o campo.
Esse grupo de startups vem se destacando por reduzir os custos por meio de seus projetos, por otimizar recursos através de estudos e análises, e claro, por sua funcionalidade. Tecnologias como drones, radares, GPS, máquinas automáticas, sistemas de previsões climáticas, são tecnologias diariamente desenvolvidas como maneiras de otimizar o setor.
Com a alta demanda por alimentos, alinhado ao crescimento populacional visto nas últimas décadas, é essencial que essas tecnologias desenvolvam soluções agrícolas e forneçam informações essenciais com um nível altíssimo de precisão, auxiliando a tomada de decisão de um setor completo.
Investimento
Até 2050, espera-se que essas tecnologias em questão elevem a produção da agricultura mundial em pelo menos 70%. Isso significa que 240 bilhões de reais serão aplicados no mercado do agronegócio neste período. É de se esperar que o Estado também comece a investir no campo, como colocar redes de internet em lugares mais afastados, melhorar as estradas, investimentos que parecem simples, mas que ainda precisam ser feitos.
A pesquisa do 1º Censo Agtech Startups Brasil mostrou que 53% das empresas desse segmento tem alguma ligação com cursos de pós-graduação, mostrando uma necessidade quase intrínseca dessas startups de continuarem produzindo estudos e de se basearem em uma cátedra acadêmica.
A junção de uma área extremamente propícia para o investimento, com empresas baseadas cientificamente em estudos, além de terem ligações com universidades e cursos de pós-graduação, é uma receita de sucesso para o desenvolvimento de uma rede bem sucedida de empresas de tecnologia voltadas ao agronegócio.
As Agritechs, portanto, são extremamente necessárias para o bom desenvolvimento do campo, não só para o próprio setor, mas para a segurança alimentar daqui em diante. É mais que inteligente manter as Agritechs em vista, porque elas ainda vão revolucionar o campo como é conhecido hoje.